Por
G1 PE

Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) investiga agressão — Foto: Reprodução/Google Street View
Uma adolescente de 14 anos foi agredida com uma lâmina e
levou cerca de 30 pontos no rosto, segundo a Polícia Civil. O delegado Ademir
de Oliveira, responsável pela investigação, relatou que uma das principais
suspeitas do crime é a mãe de uma colega de escola dela. A mulher teria
segurado a vítima e incentivado outra adolescente a praticar a agressão.
“Estamos investigando essa agressão por uma mulher
adulta, junto com a filha adolescente, de 17 anos. Segundo o relato, foi por
causa de uma discussão banal na escola. A vítima teria empurrado uma menina de
10 anos. A mãe [da menina], invés de apaziguar, partiu para a agressão. No
relato, diz que ela segurava a adolescente e mandava cortar o rosto”, disse o
delegado.
A agressão aconteceu na noite do domingo (3), em uma
praça do bairro de Santo Antônio, na região central do Recife. O
Conselho Tutelar, após entrar em contato com a família na quinta (7),
encaminhou a adolescente ao Centro de Referência para o Cuidado com Crianças e
Adolescentes, nesta sexta (8).
"Encaminhamos a adolescente para a escuta
especializada e, de posse desse relato, pretendemos procurar o Ministério
Público para que seja feito o acompanhamento. Ela vai ter apoio psicológico e o
que mais for necessário”, apontou o conselheiro tutelar André Torres,
responsável pelo caso.

Aviso
imagens fortes — Foto: Arte/G1

Adolescente
levou quase 30 pontos no rosto após ser agredida com lâmina, no Recife — Foto:
Reprodução/WhatsApp
Fotos em que aparecem o rosto da adolescente depois de
levar os pontos foram compartilhadas nas redes sociais. O conselheiro recebeu a
denúncia da comunidade na madrugada da quinta (7).
“Eu sou pai, atuo há quase 20 anos como conselheiro tutelar, mas nunca vi de perto tamanha brutalidade", disse Torres.
Oliveira ficou responsável pelo
inquérito que investiga a agressão praticada pela adulta. Outro inquérito foi
aberto para apurar a responsabilidade da adolescente e, possivelmente, de
outras duas jovens que teriam participado do crime.
“Ela [a vítima] foi encaminhada para exames no IML
[Instituto de Medicina Legal], mas, em casos dessa natureza, o médico faz o
exame e marca para voltar 30 dias depois para avaliar a evolução desse
ferimento. Só aí é definida a gravidade do ferimento”, explicou o delegado.
Suspeitas desaparecidas
A casa em que as suspeitas da agressão
moravam, na Ilha de Joana Bezerra, foi vandalizada pela comunidade, segundo
relatos feitos ao delegado.
"A informação que tivemos é que elas estão
desaparecidas. Arrebentaram tudo e quebraram tudo dentro da casa delas. Esse
tipo de agressão causa repúdio na população", declarou o delegado.
Um novo depoimento da adolescente vítima da agressão e de
parentes ainda não foram agendadas, segundo Oliveira. "Devo fazer isso a
partir da próxima semana", adiantou. Somente depois dos exames e da escuta
da jovem o policial vai definir a natureza do crime - se foi lesão corporal
grave, por exemplo.
O delegado lamentou o caso de violência e os reflexos nas
duas famílias. "A gente tem uma menina que vai ficar com marcas físicas no
resto do rosto. Temos outra adolescente que não pode mais ficar a comunidade e
a mãe. Uma coisa banal, vira uma coisa dessa dimensão", lamentou o
delegado.
Postar um comentário
Blog do Paixão